Versão em português abaixo. Version française ci-dessous.

English version

Dear Colleagues,

If you need to contact me, please preferably use BlueSky (my address is @diego.carvalho.nom.br) or email. These are the most effective and direct ways to communicate with me.

I have decided not to interact through Twitter, Instagram, or Facebook, where I will maintain my accounts solely to prevent misuse. In reality, I will only browse them occasionally. Still, I present below the various reasons for this decision.

First, the leaders of X (formerly Twitter) and Meta often claim to support freedom of expression but maintain close ties with autocratic nations, where they operate primarily to generate profit. This contradiction between their words and actions raises serious doubts about the authenticity of their commitment to free speech.

Moreover, from an editorial perspective, an “editor” prepares texts or selects content for publication, following established editorial standards. Platforms like Twitter, Instagram, and Facebook cannot claim the absence of editorial practices, as their algorithms select which texts are displayed on users’ timelines. For this reason, these platforms should be subject to the legal regulations governing editorial entities.

A study published in Nature (link to the article) reveals, through empirical data, that the arguments presented by the owners of X and Meta regarding their platforms’ verification mechanisms are misleading. The data demonstrates that the promises made regarding content verification and moderation are not fulfilled as claimed.

I firmly believe in the importance of the Rule of Law and prioritize transparency and accountability in all commercial and communicative relationships. For this reason, I have decided not to contribute material that can be commercialized by these companies, fully understanding their business model and being aware that I am not a customer in the traditional sense.

Additionally, I have decided to no longer provide material that these companies could use to train artificial intelligence tools. This decision is an essential personal standpoint for me, considering AI technologies’ growing role and ethical impact on society.

Therefore, considering all these considerations, I will not post or interact on these social media platforms. However, I may access these platforms occasionally for strictly research-related purposes.

Best regards,

Diego Carvalho

Portuguse version

Prezados colegas,

Caso precisem entrar em contato comigo, peço que utilizem preferencialmente o BlueSky (meu endereço é @diego.carvalho.nom.br) ou o e-mail. Estas são as maneiras mais eficazes e diretas de comunicação comigo.

Decidi não interagir através do Twitter, Instagram ou Facebook, redes sociais que manterei a minha conta para evitar que as utilizem indevidamente. Na realidade, só folhearei ocasionalmente, mas apresento a seguir as diversas razões que me levaram a essa medida.

Em primeiro lugar, os líderes do X (antigo Twitter) e da Meta frequentemente dizem apoiar a liberdade de expressão, mas mantêm relações próximas com nações autocráticas, onde operam com o objetivo principal de obter lucro. Essa contradição entre discurso e ação levanta sérias dúvidas sobre a autenticidade de seu compromisso com a liberdade de expressão.

Além disso, do ponto de vista editorial, um “editor” é definido como alguém que prepara textos ou seleciona conteúdos para publicação, seguindo normas editoriais estabelecidas. As plataformas como Twitter, Instagram e Facebook não podem alegar a ausência de prática editorial, visto que seus algoritmos desempenham o papel de selecionar quais textos serão exibidos nas linhas do tempo dos usuários. Por essa razão, essas plataformas deveriam estar sujeitas às regulamentações legais que governam entidades editoriais.

Um estudo publicado na Nature (link para o artigo) revela, através de dados empíricos, que os argumentos apresentados pelos donos do X e da Meta sobre os mecanismos de verificação de suas plataformas são enganosos. Os dados demonstram que as promessas feitas em relação à verificação e moderação de conteúdo não são cumpridas como alegado.

Acredito firmemente na importância do Estado de Direito e dou prioridade à transparência e responsabilidade em todas as relações comerciais e comunicativas. Por essa razão, decidi não contribuir com material que possa ser comercializado por essas empresas, entendendo perfeitamente o modelo de negócios em que opera e ciente de que, de fato, não sou um cliente no sentido tradicional.

Além disso, tomei a decisão de não mais fornecer material que possa ser utilizado para o treinamento de ferramentas de inteligência artificial dessas empresas. Esse é um posicionamento pessoal importante para mim, considerando o papel crescente e o impacto ético das tecnologias de IA na sociedade.

Portanto, à luz de todas essas considerações, concluí que não postarei ou interagirei nessas plataformas de mídia social. No entanto, ressalto que poderei acessar essas plataformas ocasionalmente para fins estritamente relacionados à pesquisa.

Saudações cordiais,

Diego Carvalho

French version

Chers collègues,

Si vous avez besoin de me contacter, je vous demande de préférence d’utiliser BlueSky (mon adresse est @diego.carvalho.nom.br) ou l’e-mail. Ce sont les moyens les plus efficaces et directs pour communiquer avec moi.

J’ai décidé de ne plus interagir via Twitter, Instagram ou Facebook, des réseaux sociaux sur lesquels je maintiendrai mon compte uniquement pour éviter une utilisation abusive. En réalité, je ne les consulterai qu’occasionnellement, mais je présente ci-dessous les différentes raisons qui m’ont conduit à cette décision.

Tout d’abord, les dirigeants de X (anciennement Twitter) et de Meta affirment souvent soutenir la liberté d’expression, mais entretiennent des relations étroites avec des nations autocratiques, où ils opèrent principalement pour générer des profits. Cette contradiction entre leurs paroles et leurs actions soulève de sérieux doutes sur l’authenticité de leur engagement en faveur de la liberté d’expression.

De plus, d’un point de vue éditorial, un “éditeur” est défini comme une personne qui prépare des textes ou sélectionne des contenus pour publication, en suivant des normes éditoriales établies. Des plateformes comme Twitter, Instagram et Facebook ne peuvent pas prétendre à l’absence de pratiques éditoriales, car leurs algorithmes jouent le rôle de sélectionner les textes affichés dans les fils d’actualité des utilisateurs. Pour cette raison, ces plateformes devraient être soumises aux réglementations légales régissant les entités éditoriales.

Une étude publiée dans Nature (lien vers l’article) révèle, grâce à des données empiriques, que les arguments avancés par les propriétaires de X et de Meta concernant les mécanismes de vérification de leurs plateformes sont trompeurs. Les données démontrent que les promesses faites en matière de vérification et de modération des contenus ne sont pas tenues comme annoncé.

Je crois fermement en l’importance de l’État de droit et donne la priorité à la transparence et à la responsabilité dans toutes les relations commerciales et communicatives. Pour cette raison, j’ai décidé de ne pas contribuer à du matériel pouvant être commercialisé par ces entreprises, comprenant parfaitement leur modèle économique et conscient que, en réalité, je ne suis pas un client au sens traditionnel.

En outre, j’ai pris la décision de ne plus fournir de matériel pouvant être utilisé pour entraîner des outils d’intelligence artificielle de ces entreprises. Il s’agit d’une position personnelle importante pour moi, compte tenu du rôle croissant et de l’impact éthique des technologies d’IA dans la société.

Par conséquent, à la lumière de toutes ces considérations, j’ai conclu que je ne publierai ni n’interagirai sur ces plateformes de médias sociaux. Cependant, je précise que je pourrai y accéder occasionnellement à des fins strictement liées à la recherche.

Cordialement,

Diego Carvalho